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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Silêncio

 Como é difícil se calar em alguns momentos, ser paciente e conseguir reter uma lágrima que mais parece uma gota de sangue.
Não tem por que pensar, agir, falar nada... O silencio neste exato momento transforma-se no seu melhor amigo e tudo que se consegue expressar é o franzir de uma testa.
Às vezes para evitar tragédias, outras para encontrar a paz, esconder algo ou até mesmo para não executar os sentimentos daquela pessoa que tanto gosta, admira... Ama.
O silencio que diz tanto, machuca tanto e cura um monte, retém tantos sentimentos ocultos inclusive a confusão interna.
Faz o coração sorrir, faz a alma sofrer, o mais forte torna-se podre e o mais fraco fica tão vulgar quanto o mundo... No final sente-se uma casa grossa e robusta nascendo do lado de fora... De fora do coração, da pele, dos sentimentos... De tudo.
Um sorriso cheio de silencio... Um mistério à tona!
Lá dentro um coração gelado, na ausência de barulho, esperando o ruído de um piscar verdadeiro em meio ao silencio para poder viver e sorrir.
Tanto barulho em vão... Onde apenas o silencio era o suficiente para a resolução.
Sim... É sim! Agora estou calado...  Para que algo se torne vivo e venha nascer em algum lugar desta terra perfeita... Quando? Não sei...
Bem mais convicto do que qualquer cifrão somente agora escuto... O tic-tac do pequeno relógio e barulho da minha respiração!


sapo______________________________________17.02.2012