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quinta-feira, 14 de junho de 2012

tempo e tempo


Sempre estranho, mas existe algo que quando possível, distorce tudo que há dentro de nós, humanos. Direções positivas dão lugar a fragmentos negativos, assim como linhas negativas começam a servir para coisas positivas.
Começa a ganhar algo e mesmo assim a dúvida vem ao ar... Parece que perde e algo mais vai embora, nuca veio, não conhecemos ou talvez nunca entre em nossas palmas. Pode ser um objeto, um desejo, uma pessoa, uma música... Um alguém. Sabe?
O tempo às vezes concentra-se em nossos corações, trazendo essa linda turbulência. Segredos começam a transbordar mais e mais a cada piscadela executada e a solidão parece não ter fim neste momento. Nuvens, vento, gravatas, sujeira e poeira... Para que serve isso tudo no momento em que o tempo que gira tudo, parece não fazer nada? Nesse exato segundo onde sexo, paixão, amor e nem mesmo um abraço têm tanto valor quanto a uma resposta do tempo.
E tudo para. As engrenagens enferrujam, a água seca, parágrafos transformam-se em desenvolvimentos e o nada nunca valeu tanto como o agora.
O tempo nos usa fazendo segundos em dias sem horas.
O melhor de tudo é quando aparece algo e páginas novas e limpas vão surgindo...  Lá de longe até se escuta o canto de um pássaro trazendo algo que o tempo nos deu, que também não sei distinguir o que é.
A direção de todos os caminhos milagrosamente some e o que sobra por aqui é o infinito da visão que poucos infelizmente podem ter, sempre tiveram ou algum dia terão para sempre.
Deitar no chão, fechar os olhos por uns instantes e respirar bem fundo parece ser um ótimo remédio...
Estranho como o telefone neste momento nunca toca, a tinta nunca sai da caneta e tudo o que quer dizer no final não consegue se libertar do diafragma.
Tudo se compara a um brinquedo que dar-se corda e quando essa “corda” acaba, fica ali... Estático, congelado, sem som, neutro, esperando algo para revivê-lo e trazer seus movimentos à tona.
As perguntas sempre são presentes que recebemos de braços abertos, mesmo não querendo; Acabamos sendo alienados a isso. Talvez essa tal alienação, possa fazer bem no final.
O que realmente queremos receber são respostas do tempo... Nada mais do que tal humilde.
Muito simples tudo isso...
Uma delas sabemos e até demais:
A resposta para todas as perguntas, infelizmente só chegará quando todas as pálpebras fecharem-se para todo o sempre.
Neste momento a reversão será exata, perfeita e sem dúvidas.
Só nos resta esperar e ceder lugar a paciência.
Lindo tempo, que nos fornece todo esse belo presente chamado vida.


sapo______________________________________14.06.2012

quinta-feira, 7 de junho de 2012

a festa



Altos e baixos na igualdade do momento morô?Cigarros e litros de varias biritas circulam nas bocas. As luzes distorcem a beleza e  a fumaça distorce os perfumes mais belos. neutrlizado tudo fica... Nada de som, nada de cheiro e nada de faces.Corpos abastecidos por algo que não leva muito longe e que depois mata o mesmo por algum tempo ou todo tempo.Silêncio na pista e um grito de morador de selva escorre no ar e a distinção do som é altamente duvidosa morô? Altas casquinhas, várias cafungadas em cangotes ou papelotes encanudados. Vários pagando de tarzã outras pagando de princesa, tipo um conto de fadas só que nem sempre tem o tal do final feliz. Cadarço sujo,saia curta,boca resecada por toda fumaça existente no ar. Até alguns beijos de pouca fé  frases sem nexo e anexo... Petelecos em restos de cigarro...Notas de todos os tipos largadas ao chão sujo e molhado.Sexo e banheiros daquele jeito: Tudo lotado.Olhos revirados e ali na frente alguns meios fechados... sacrifício? Que nada... Mais tarde saberás o resultado ou o que resultou tal fato morô? Gargalhadas, lágrimas de não sei o que, suor das costas ,seios e peitos...Entradas e saídas de várias coisas e figuras xerocadas, assim mesmo: sem rg próprio .Farol, buzina, braços abertos... Abraço de alma ôca.Até paro pra ver qual o sentido que devo seguir.As vezes só paro e tudo que faço de verdade é de tudo isso conseguir no final sorrir...morô?

sapo_______________________________________ 07.06.2012